Intelectuais


Intelectual

O termo intelectual deriva do latim tardio intellectualis adjetivo que indica aquilo que, em filosofia, diz respeito ao intelecto na sua atividade teórica, ou seja, separado da experiência sensível - esta considerada como de grau cognitivo inferior. Na concepção aristotélica, eram definidas, como intelectuais, virtudes como ciênciasapiênciainteligência e arte, as quais permitiriam, à "alma intelectiva" - distinta da "alma vegetativa" e da "alma sensitiva" e entendida como princípio vital do Homem -, alcançar a verdade. No campo da metafísica, o termo indica a abstração, em contraposição à concretude e à materialidade.

Contemporaneamente, a definição do intelectual é geralmente construída pelos próprios intelectuais e segundo suas respectivas concepções, o que resulta em várias abordagens e definições do termo.

Origem do termo

Geralmente, credita-se a introdução do termo "intelectual", como substantivo, a Georges Clemenceau durante o caso Dreyfus. Clemenceau, ele próprio um proeminente dreyfusard, assim como Émile ZolaOctave Mirbeau e Anatole France, entre outros, publicou, em 1898, no jornal L'Aurore, um artigo intitulado "À la dérive", no qual aparece o termo. Há, entretanto, indicações de que, por volta de 1890, o termo já fosse usado, como substantivo.

Universidade e intelectuais

Um dos principais espaços de atuação do intelectual é a universidade. A ciência seria parte da ideologia do intelectual, assim como a dedicação à prática científica e o desejo do exercício de um cargo no ensino superior enquanto modo de distinção social. No caso brasileiro, bem como em alguns outros países, o intelectual procura as instituições superiores de ensino para apoio e para organização; partindo da sociedade, a esta retorna com propostas embasadas no conhecimento técnico-científico adquirido através do estudos. Esta prática é claramente perceptível.

Política e intelectuais

Devido à ação reflexiva, o intelectual é portador de uma autoridade científica que se expressa em suas relações com a sociedade. Estas relações, inseridas num conjunto maior de relações de poder, colocam o intelectual em situação de comprometimento político: suas ideias não são desvinculadas da existência social e suas proposições seguem uma orientação determinada. O intelectual pode, portanto, contribuir para determinado regime político ou determinada concepção de mundo.


O fim dos intelectuais?

Observando como o saber amplo e generalista, as ideologias e as humanidades vêm sofrendo uma derrota frente às especialidades, ao saber técnico e prático, à indefinição política e às ciências aplicadas, muitos estudiosos defendem estar ocorrendo o chamado "fim dos intelectuais". Os argumentos usados para defender esse fim lembram muito os argumentos de Francis Fukuyama em seu livro "O fim da história e o último homem."

                                                               
                                                                                              Aluna: Sara Cristina. 
                                                                                    E.E. Randolfo Moreira Fernandes.

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